quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A Ultima Causa


SINOPSE
«Lembra-se de mim?», interroga, do outro lado da linha, a voz que arranca Patrick Kenzie do sono profundo. Uma voz feminina e uma frase em jeito de ameaça: «Encontrou-a uma vez. Volte a encontrá-la. Deve-me isso.»

No dia seguinte, eis que ela surge de novo, no cimo das escadas do metro. Um rosto marcado pelo tempo e pela mão severa do destino. Um rosto que Kenzie não esperava rever.

Há doze anos aquela mulher pedira-lhe que encontrasse a sobrinha Amanda, de quatro anos, que desaparecera. Os detetives privados Kenzie e Angie Gennaro tiveram sucesso, mas o caso deixou-lhes um amargo de boca: a menina foi devolvida aos cuidados de uma mãe negligente e alcoólica; e os raptores que, afinal, não queriam mais do que entregá-la a uma família que cuidasse bem dela, foram sentenciados a duras penas de prisão.

Por isso agora que Amanda, com dezasseis anos, desapareceu novamente, Kenzie sente-se obrigado a investigar. Mais a mais porque também ele sabe o que é ter uma filha e o que um pai está disposto a fazer para a ver feliz. A sua investigação será o começo de uma viagem ao coração de um mercado sombrio, onde se traficam identidades e adoções. Um mundo onde o bem pode assumir os contornos do mal, e o mal camuflar-se de bem. Um precipício do qual é melhor não nos aproximarmos muito.

Tinha visto um filme baseado numa obra deste autor - Shutter Island, mas nunca tinha lido nada e agora que calhou valeu bem a pena.
Tem uma escrita agradável que apesar da violência de algumas cenas, nos impulsiona a continuar a ler sem parar. O enredo deste livro é intrincado e com muitas reviravoltas como se verá no fim. Não se perde nada do que está escrito, como alguns livros (bons) mas que têm alturas da escrita em que desejamos avanço na ação. Este não. Avança e avança de tal maneira que o fim chega quando achamos que ainda há muito mais para escrever, mas não fica nada por dizer, nem por resolver. Ficamos com pena de terminar e abandonar a dupla de detectives, mas não ficamos com nenhuma sensação de já?? falta isto ou aquilo, que os finais de alguns livros nos dão.