segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Quando o Cuco Chama


Quando uma jovem modelo, cheia de problemas na sua vida pessoal, cai de uma varanda coberta de neve em Mayfair, presume-se que tenha cometido suicídio. No entanto, o seu irmão tem dúvidas quanto a este trágico desfecho, e contrata os serviços do detective particular Cormoran Strike para investigar o caso. Strike é um veterano de guerra - com sequelas físicas e psicológicas - e a sua vida está num caos. Este caso serve-lhe de tábua de salvação financeira, mas tem um custo pessoal…
Um policial envolvente e elegante, mergulhado na atmosfera de Londres. Quando o Cuco Chama é um livro notável, um romance policial clássico na tradição de P. D. James e de Ruth Rendell, que marca o início de uma série verdadeiramente singular escrita por Robert Galbraith, o pseudónimo de J.K. Rowling, autora da série Harry Potter e do romance Morte Súbita.


Acabadinho de ler, posso dizer para já que gostei, muito.

É daqueles policiais, onde nos vamos dando conta do sucedido, à cerca do caso que está a ser investigado  à medida que as várias personagens são interrogadas pelo investigador, neste caso um detective privado de seu nome Strike, conforme o resumo.

E com os relatos dos vários envolvidos com a vitima, vamos nos dando conta de que alguns desses relatos não estão de acordo com o que foi decidido pela policia e pelos tablóides. E afinal, John Bristow, o irmão da vitima, tinha razão e a sua irmã, famosa modelo não se suicidou. 
Claro que mais interessante ainda do que ler apenas, é tentar reunir esses relatos e chegar a conclusões sobre o crime, sobre o poiso das testemunhas e invariavelmente sobre o assassino.

Confesso que nunca tive como objectivos na leitura destes livros, descobrir os assassinos, nem me esforço muito para isso. Leio, tomo atenção ao que é dito, até faço uma ou outra comparação, mas deixo os especialistas concluírem. 
E neste caso gostei muito da conclusão. Pensando bem tem lógica ser o assassino quem é, e se calhar até me lembrei dessa personagem, por acaso, mas não insisti e o desfecho apanhou-me agradavelmente de surpresa.


Strike é um personagem ligeiramente atormentado que tem a sorte de arranjar uma secretária que lhe dá algum sentido à vida. Não a nível emocional e isso agradou-me imenso, porque me preocupei se no fim acabassem os dois agarrados, mas sim a um nível prático da vida. Apesar do seu trabalho ser um trabalho importante, a falta de meios financeiros para contratar uma secretária competente, dava a ideia de que o que fazia não era nada de mais, nem valia um trabalho burocrático de bastidores. Mas Robin, veio trazer-lhe outro ânimo e foi com a sua ajuda que deu uma reviravolta a um dos assuntos ligados ao caso.

Podem ler e vão gostar de certeza. Não é exigente, nem complexo e como já disse, vamos conhecendo o que se passou com a vitima dias antes da sua morte, pelos relatos dos que a acompanharam nessa altura. Vamos conhecendo o dia a dia dos famosos, em que o seu exterior de glamour é ensombrado por dramas familiares, psicológicos, onde a droga reina. E é comparando todos esses relatos, com as suas eternas notas manuscritas que Strike brilha no final confrontando o assassino.






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