quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O Jardim de Ossos


Boston, 1830. Para pagar seus estudos, Norris Marshall, um estudante de medicina talentoso, mas sem recursos financeiros, integra as fileiras dos “ressurreicionistas” — saqueadores de tumbas que negociam cadáveres no mercado negro. Contudo, até mesmo esse mórbido comércio parece insignificante diante do corpo mutilado de uma enfermeira encontrado no terreno do hospital universitário. Quando um médico conceituado sofre o mesmo destino, Norris descobre que seu ganha-pão ilícito o transformou no principal suspeito dos crimes.
Para provar sua inocência, o estudante precisa encontrar a única testemunha que viu o assassino: Rose Connolly, uma bela costureira dos cortiços de Boston. Ao lado do sarcástico e inteligente jovem Oliver Wendell Holmes, Norris e Rose vasculham a cidade em busca de um maníaco que aguarda a próxima oportunidade para matar.

Massachusetts, dias atuais. Julia Hamill fez uma descoberta terrível em sua nova casa no interior: um crânio enterrado no jardim. Humano, feminino e, de acordo com a patologista Maura Isle, com traços inconfundíveis de um homicídio. Quem quer que tenha sido ou o que tenha acontecido com aquela mulher, é algo perdido no passado.
Com suspense incansável e uma perfeita reconstituição de época, O jardim de ossos intercala habilmente a história de protagonistas dos séculos XIX e XXI, desvendando os mistérios obscuros através do tempo e do espaço. Forte, sangrento e brilhante, confirma o talento primoroso de Tess Gerritsen.

E parece de propósito, mas foi por mero acaso, acabei a ler e de ler, mais um livro onde o passado e presente se misturam e nos são dados vislumbres de um e de outro. A única diferença, com o livro anterior, é que o presente são apenas vislumbres para nos aguçar a curiosidade, já que a verdadeira história é toda do passado.

À medida que Julia e Henry deambulam por entre cartas antigas e recortes de jornais, vão tomando conhecimento de uma história do século XIX, e a mesma é-nos apresentada, como se fosse e sendo a parte principal do livro. Concluo que o presente é apenas para se tornar interessante e para dar um quinhão de maravilhoso ao final com uma descoberta curiosa, porque a história de Norris, Rose e do Estripador era suficiente para o livro todo.

Perdeu-se um pouco, em certas alturas, porque pelo formato e-book, alguns parágrafos não estavam devidamente separados, mas depois de ler uma linha, ficávamos integrados na narração.

Se gostam de Tess Gerritsen e não conhecem este livro, aconselho a sua leitura, apesar de algumas cenas mais duras. Se não conhecem é um bom livro para começar.



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