segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Trilogias, tetralogias e afins...

Com excepção dos livros que usando o mesmo personagem nos são apresentados com enredos diferentes, histórias diversas, tais como os de Agatha Christie (Hercule Poirot e Miss Marple) por um lado e Dan Brown (Robert Langdon) por outro, entre tantos outros, não achava nada de anormal em haver muitos livros com o mesmo personagem, uma vez que eram histórias independentes.

A dada altura da minha vida de leitora, comecei a deparar-me com as trilogias e tetralogias e em alguns casos mais graves... todas as outras logias que podiam chegar aos sete ou mais livros com os mesmos personagens e pior, com a mesma história a tomar diferentes caminhos livro após livro. E uma altura perguntei-me porquê: Qual o interesse em prorrogar o fim de uma história ou até o fim de vida de alguns personagens?

Claro que estas perguntas foram feitas em absoluta ignorância e desconhecimento. Até então nunca tinha lido nenhum livro do que me apetecesse continuar a história ou continuar a "viver" com os personagens. E isto não quer dizer que não gostei dos livros e que não os leria mais do que uma vez.
Não conta uma trilogia que li há uns bons anos (Taliesin, Merlin, Arthur) em que alguns personagens se mantém do primeiro ao terceiro livro, mas em que cada livro tratava em especial de um personagem diferente.

Até ao dia em que resolvi escrever uma história que se prolongou por três livros, porque quando a primeira história terminou ficou-me um vazio e decidi que queria que os personagens continuassem "vivos" e escrevi outra e quando esta terminou, escrevi mais outra. São as três independentes e podem ler-se sem se ler a anterior, mas lidas de seguida completam-se e justificam-se.

Claro que eu não passo de uma escritora amadora ou doméstica se houver o termo, mas entendi perfeitamente o gosto de um autor de continuar a escrever e alongar a história de alguns personagens.

E quando comecei a ler Patrick Rothfuss e Stieg Larsson confirmei essa sensação! A necessidade de voltar a estar com personagens que nos tocaram.

Sabe bem começar a ler um livro em que já conhecemos as personagens e já sabemos do que elas são capazes e vê-las agir numa história diferente!
Afinal é por isso que há as trilogias, tetralogias e afins...

Se tiverem oportunidade, leiam trilogias. De preferência boas, claro. Mas leiam que vale a pena o "excesso" de livros e folhas!





E se quando decidirmos começar a ler uma trilogia ainda não tivermos todos os exemplares em mãos? Não faz mal. Não vamos esperar. Lemos o primeiro e quando tivermos oportunidade lemos o segundo. Acho que é mais saboroso ler dessa forma do que ler de "empreitada" todos os livros pois corremos o risco de nos cansar dos personagens. Na minha opinião, sabe melhor ler um livro, intercalar com outros e passar ao segundo. Ficamos na expectativa e quando o livro chegar às nossas mãos matamos as saudades que cresceram enquanto o tempo passou.

Estou numa dessas esperas com os livros de Patrick Rothfuss - Li "O Nome do Vento" o ano passado e agora espero pel' "O Medo do Homem Sábio" e depois esperarei pelo terceiro ainda sem nome definido.


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