terça-feira, 19 de julho de 2011

Sangue Vermelho em Campo de Neve (2ª parte)


"No Inverno mais frio de que há memória na Suécia, um homem, nu e obeso é encontrado pendurado num carvalho solitário no meio das ventosas planícies de Ostergotland. O cadáver apresenta sinais evidentes de violência mas, em volta, a jovem e ambiciosa inspectora Malin Fors só pode constatar como a neve cobriu e ocultou para sempre as eventuais pistas deixadas pelo assassino. A única certeza é que o macabro achado vai abalar a vida tranquila da pequena comunidade de província e trazer de volta terríveis segredos há muito escondidos."

Com a investigação em curso, vamos tomando conhecimento das personagens do livro uma a uma e, de início os nomes suecos baralham-nos a concentração e alguns deles (embora sejam parte da equipa policial de Malin) nem considero importantes para o desenrolar da acção e pergunto-me porque estão ali a baralhar. Mas estão porque o autor os criou e os quis colocar lá para justificar as reuniões que o chefe da policia insiste em fazer e impedir que a investigação se desenrole apenas com Malin e o seu companheiro Zeke. Todas as palavras dadas à apresentação que é feita aos outros elementos, poderiam ser acrescentadas à apresentação de Zeke que quanto a mim é mais importante. Mas deixando este pequeno ponto de critica, avanço.
E vamos lendo e vamos seguindo com Malin os vários fios de investigação e chegamos a segredos que são contados por personagens investigadas e que por sua vez nos dão a conhecer outros segredos. E pelo meio desses segredos vai chegar-se a um crime cometido anos antes e que poderá ser o motivo para o crime principal da trama. Quando descobrirmos quem é o criminoso também descobrimos que esse crime anterior não tem nada a ver com o principal embora seja atrás da sua resolução que surgem outros caminhos da investigação.
Gostei do livro e gostei sobretudo de termos lido um livro inteiro de mais de 400 páginas e só nos últimos capitulos nos ter "soado" quem seria o culpado e o mesmo ter sido revelado.
O autor consegue prender-nos à investigação e aos passos dados para essa investigação, e pelo meio ir falando dos problemas pessoais/familiares da inspectora Malin. O mais desenvolvido pelo autor é a relação com a filha menor, são-nos dados a "cheirar" outros dois sem qualquer andamento nem para a resolução do caso, nem para a resolução da vida da inspectora, pelo menos no que toca naquele livro.
Nota final: Se gostam de ler autores novos, aconselho.

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